Eu aprendi na escola que a América teria sido descoberta em 1492. Nunca entendi como o Brasil teria sido descoberto em 1500, pois é uma área contínua ao local onde aportou Colombo. Bem, isso é outra história. Assim como o fato de que os povos escandinavos teriam aportado muito antes desta data.
Acredito que não seja uma mera questão semântica; tampouco um simples revisionismo histórico.
Mas o fato é que na verdade não houve um descobrimento, mas uma ocupação. E que acarretou um genocídio sem igual dos povos originários das Américas, ocasionado tanto pela disparidade tecnológica como pelas moléstias trazidas pelos europeus, e para as quais os nativos não tinham imunidade.
A série abaixo aborda alguns destes fatos, e nos faz refletir.
Ramiro é um personagem criado em 1974 pelo cartunista William Vance. O cenário histórico de suas aventuras é a Espanha do século XIII, na época do rei Afonso VIII de Castela. A reconstrução histórica dos locais e as imagens do álbum são fabulosas. Até hoje não foi publicada no Brasil; as revistas abaixo são da editora Meribérica de Portugal.
Em 1918, nesta data de 11 de novembro às 11h00min, era decretado o armistício que pôs fim à Grande Guerra.
A série abaixo mostra a visão de uma de suas mais sangrentas batalhas, ocorrida em Verdun, e de seus pequenos assassinatos. Foram cerca de 300.000 mortos em 10 meses de campanha. E outros milhares de feridos e mutilados.
Uma leitura que leva a reflexão quando, transcorridos mais de 100 anos, ainda há dirigentes que utilizam deste tipo de discurso: "Porque quando acabar a saliva, tem que ter pólvora, se não, não funciona. Precisa nem usar a pólvora, mas precisa saber que tem."
Há 100 anos, na undécima hora do undécimo dia do undécimo mês do ano de 1918, a guerra que deveria acabar com todas as guerras chegava ao fim na frente ocidental.
Esta série retrata a banalidade do conflito pela visão de um grupo de soldados franceses, e foi publicada em 10 volumes: 01 (agosto 1914) - Soldadinho 02 (setembro 1914) - Caminhos do Inferno 03 (janeiro 1915) - Campo de Honra 04 (abril 1915) - A Trincheira Perdida 05 (fevereiro 1916) - O Colosso de Ébano 06 (agosto 1916) - A Foto 07 (abril 1917) - O Demônio Vermelho 08 (junho 1917) - O Covil do Dragão 09 (julho 1918) - No Céu e na Terra 10 (novembro 1918) - Herdando a Lua
O cinema foi responsável por divulgar de forma intensiva os horrores da Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Foram inúmeros livros, filmes e documentários sobre o assunto, até porque a definição da banalidade do mal era mais fácil de identificar.
Entretanto, entre 1914 e 1918 ocorreu a Guerra para acabar com todas as Guerras, depois renomeada como Primeira Guerra Mundial. Esta foi, de muitas formas, mais cruel. Uma geração inteira desperdiçada.
Foi um período de transição, com táticas militares e comandantes do século XIX e instrumentos de morte mecanizados desenvolvidos no século XX. Batalhas com centenas, milhares de mortos em um único dia pela conquista de poucos metros de terreno. Simplesmente aterrador...
Posto aqui duas obras que gostei muito, e que nos fazem refletir.
Eu não falo francês; infelizmente.
Mas a bela história abaixo, produzida na terra de Victor Hugo e Flaubert, não possui balões ou recordatórios; pode e merece ser apreciada.